O Grupo de Estudos de Teatro de Sombras dedica-se a pesquisar linguagens e formas de treinamento e criação para o Teatro de Sombras contemporâneo. É um grupo de estudos associado ao GEAC, Grupo de Estudos e Investigações Sobre Criação e Formação em Artes Cênicas (GEAC), criado no Curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

3o encontro do grupo - 20 de março de 2012


No terceiro encontro do grupo de estudos de sombras estavam presentes Mario Piragibe, Letícia Mariano, Valéria Gianechini, Welerson  Filho e Victor Rodrigues (antigo  e flutuante integrante do grupo o qual esperamos resgatar de vez para as sombras rs).
Iniciamos o trabalho cada qual realizando sua própria seqüência de alongamento para “acordar” o corpo e ativar estado de atenção plena.  E naturalmente o aquecimento que iniciara individualmente tornou-se coletivo.
Partimos para o trabalho das articulações e algumas escalas corporais de Decroux conduzidos por Welerson. Além disso, relembramos os andares da mímica corporal dramática, que ainda parece ressoar nos corpos dos atores como algo desajeitado e sem ritmo. Diferente das escalas nas quais já se pode observar alguma melhoria no que se refere à limpeza e precisão.
No momento seguinte nos dividimos em duplas para trabalharmos a correção das escalas de frente a nossa sombra. Descobrimos durante esses três encontros, o quão a própria sombra pode nos dar respostas precisas quanto aos nossos “erros” na execução das escalas corporais. 
Achávamos inicialmente que precisávamos de espelhos para realizar esta tarefa, mas não: a sombra nos revela o suficiente para “reeducar” o movimento sem revelar nossa imagem completa.  Este trabalho me parece importante porque o esmero na atenção empregada na execução do movimento  não garante o êxito da atividade.  Todos nós em algum momento no trabalho com as escalas tivemos nossas posturas corrigidas enquanto tínhamos a certeza de que estávamos realizando a postura corretamente.
Do exercício de correção das escalas, partimos para um momento de experimentação livre da relação entre duplas. Foi interessante perceber a influência da trilha sonora que acabou por conferir um certo ar cômico tanto na minha relação com a minha parceira Letícia quanto na relação entre Mario e Victor, uma atmosfera de brincadeira que rendeu bons momentos de criação.
Em seguida, ampliamos o exercício de duplas para um exercício coletivo utilizando lanternas (um foco estático e outro móvel e num momento posterior dois focos móveis). Assim, todos do grupo se revezavam entre assistir, manusear um dos focos ou experimentar formas e movimentos nas sombras. Um grande experimento improvisacional que nos trouxe não somente formas inacabadas, como momentos que pareciam criados a partir de uma dramaturgia.

Esse post foi escrito poir Valéria Gianechini.

Um comentário:

  1. Senhores, creio temos agora necessidade de trabalhor com as fotos e vídeos que prroduzimos nos ensaios. Temos que produzir mais desse material, trocar e postar junto com os comentários.
    bjs!

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